Nos últimos 20 anos um dos conceitos que mais foi estudado dentro da área de saúde foi a dor. Naquela época acreditava-se que a origem da dor era principalmente anatômica. Hoje se sabe que a dor vai muito além disto!
Você sofre ou já sofreu de dor? Acompanhe neste artigo da Fitness Magazine Brasil.
QUANTOS GRUPOS DE DOR EXISTEM?
A dor pode ser dividida em dois grupos principais:
1. dor aguda e de rápida condução;
2. dor crônica de lenta condução.
A diferença da velocidade de condução da dor entre o local em que ela é percebida por um receptor de dor (nociceptor) e o Sistema Nervoso Central (SNC) deve-se ao calibre dos nervos.
A dor aguda é conduzida por neurônios mais calibrosos, chegando mais rapidamente ao SNC. Como o nociceptor não se adapta ao estímulo doloroso, caso ele não cesse, a dor vai gradativamente cronificando, sendo então transmitida por neurônios mais finos e com velocidade de condução menor.
AQUELA “ESFREGADINHA” REALMENTE ALIVIA A DOR?
Outro detalhe interessante sobre o mecanismo de transmissão da dor é que uma forma de se perceber um alívio dela é fazendo um estímulo tátil sobre o local doloroso. Você pode, por exemplo, esfregar as mãos sobre o local de uma pancada. Este mecanismo funciona!
A explicação é que a sensação de tato é percebida nos mesmos locais do SNC que a sensação de dor. Mas, como a sensação tátil é conduzida por nervos que transmitem esta sensação mais rápido que os nervos que transmitem a dor, o tato ocupa o local do SNC destinado a dor, diminuindo a sua intensidade.
O QUE MAIS SE SABE SOBRE A DOR?
Nem toda dor é vinculada a um dano anatômico, embora ele possa ter ocorrido em algum momento e o seu corpo o tenha recuperado. Na coluna, por exemplo, sabe-se que há remissão espontânea de hérnias discais, embora os sintomas e as limitações de mobilidade possam permanecer mesmo na ausência do evento causador.
Com isto, ficam duas certezas:
1. os exames por imagem podem dar falso positivo;
2. a percepção subjetiva da magnitude ou da possibilidade de dano pelo SNC pode ampliar os sintomas, de forma que a intensidade da dor pode ser muito maior que a lesão, se é que existe lesão.
QUAL É A MELHOR FORMA DE SE MANEJAR A DOR?
Primeiramente, esteja certo que a maior parte das dores não é grave e muito menos incapacitante! Logo, é importante se manter ativo dentro do limite que o seu arco doloroso permite.
COMO DETERMINAR ATÉ ONDE SE MOVIMENTAR COM DOR?
Fisioterapeutas e Profissionais de Educação Física têm o conhecimento necessário de biologia e cinesiologia (incluindo anatomia, fisiologia e biomecânica) necessários para isto. Logo, você deve recorrer a estes profissionais!
QUAL PROFISSIONAL DEVO CONSULTAR PRIMEIRO PELA DOR?
Se não há histórico de trauma e a dor ocorre durante atividades esportivas ou recreativas, converse com o seu treinador, uma adaptação em seu treino pode ser o suficiente para que os sintomas sumam!
A dor é de maior intensidade e está o impedindo de realizar alguma atividade? Então é hora de conversar com o seu Fisioterapeuta, ele poderá avaliar se a dor é mecânica (associada ao movimento) ou não, indicando a melhor possibilidade de tratamento!
Houve trauma ou a dor não é mecânica? Neste caso, procure um ortopedista, uma vez que há possibilidade real de dano anatômico ou do desenvolvimento de uma dor química (na maioria das vezes de origem inflamatória), que não pode ser corrigida pelo movimento!
Eu sofro de dor nas costas, o melhor é ir no ortopedista né?